Ven. Maria Teodora Voiron

Venerável desde fevereiro de 1989, conheça a vida desta religiosa nascida na França que imolou sua vida em terras brasileiras a partir da cidade de Itu!


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06/11/2003 - 09:45 - Biografias

HISTÓRIA DO MARTÍRIO 
BIBLIOGRAFIA  E  LINKS  
HOMILIA DO PAPA 
INFORMAÇÕES
BIOGRAFIAS


Nossos heróis da fé, nossos santos!

Diz Mons. Assis: "A incerteza quanto ao número total de
sacrificados e o anonimato que cobre a maioria deles
constituem, certamente, um impedimento à apresentação de
todas as vítimas de Cunhaú e Uruaçu para o reconhecimento do
martírio"(
PEREIRA, F. de Assis. Protomártires do Brasil, p.
52). A postulação da causa dos mártires podia apresentar
somente alguns nomes de toda essa multidão de santos.
Enquanto em Cunhaú pudemos identificar somente os nomes dos
Beatos Pe. André e Domingos , em Uruaçu conseguimos 28 nomes.
Assim, dos cerca de 150 gloriosos mártires, apenas 30 foram
oficialmente beatificados. Desses 30 Beatos do Brasil, apenas
de alguns conhecemos alguns dados biográficos. Da grande
maioria muito pouco ou nada se sabe, às vezes só o nome,
alguns nem isso. Aliás, de vários, o que sabemos, o mais das
vezes, é a forma como foram trucidados. Essa é uma tremenda
realidade. Ficou para nós apenas um relato trágico daqueles
que agora são honrados diante de Deus com a palma do
martírio!
O que isso significa? O que quer dizer para nós? São homens e
mulheres, jovens e até crianças, iguais a qualquer um de
nós.  Simples famílias, como as famílias do povo
brasileiro...Cada um medite diante de Deus o significado de
tão comovente história. Deus conhecia cada um desses 150
mártires perfeitissimamente, e com grandes festas recebeu-os
em Sua Presença. Os Anjos devem ter cantado seus nomes, e
proclamado nos céus as graças que receberam ao longo de suas
vidas. Mas, para nós, Deus permitiu que fossem lembrados
assim. Serão um retrato de nossa gente, de nossas
comunidades, de nossa vida de fé?...
Em gloriosa memória dos cerca de 70 mártires de Cunhaú e 80
mártires de Uruaçu, vamos relatar o que se sabe de suas
vidas! Que o Senhor nos ilumine com o seu exemplo!

Martirizados em Cunhaú, 16 de julho de 1645:

Santo André de Soveral, padre


Nascido em São Vicente, hoje Estado de São Paulo, por volta
de 1572. Entrou na Companhia de Jesus no dia 6 de  agosto de
1593, na Bahia; estudou latim e Teologia Moral. Conhecendo
muito bem a língua indígena, ocupou-se da conversão dos
índios nos territórios  dependentes do colégio de Pernambuco,
na cidade de Olinda. Em 1606 veio ao Rio Grande em missão.
Passou para o clero diocesano provavelmente entre 1607 e
1610. Voltando ao Rio grande já como sacerdote secular,
recebeu dotes de sesmaria em Cunhaú em 1614, onde era pároco.
Teria 73 anos na época do martírio, dentro da igreja em
Cunhaú, durante a missa:

"A figura do Pe. André de Soveral, na sua veste de pastor do
pequeno rebanho de Cunhaú, desponta como o grande herói que,
não só ofereceu a vida pela fé no momento  sublime do
sacrifício eucarístico, mas também exortou os fiéis a fazerem
o mesmo, aceitando voluntariamente o martírio"
(PEREIRA, F.
de Assis. Protomártires do Brasil, p. 17)

São Domingos de Carvalho

Além do Beato André, é o único nome a ser mencionado em toda
a multidão de Cunhaú. Após o massacre, começaram a fazer
festa e a despojar os cadáveres. Diz-se que em um dos que
mataram, chamado Domingos de Carvalho, um dos principais do
lugar, acharam certa quantidade de ouro, que foi repartida
entre os assassinos.

Martirizados em Uruaçu, 3 de outubro de 1645:

Santo Ambrósio Francisco Ferro, padre

A primeira informação que se tem do Pe. Ambrósio data de
1636, constando que já era vigário do Rio Grande.
Aparentemente tinha um relacionamento amistoso com os
holandeses, pois pediu asilo aos mesmos na Fortaleza. Outro
mártir, o Beato Antônio Vilela Cid, era casado com a irmã de
Pe. Ambrósio, Inês Duarte, açoriana. Deduz-se que também ele
era açoriano, ou seja, português.

São João Lostau Navarro

Nascido no Reino de Navarra, nessa época incorporado à
França, não é considerado espanhol, mas francês. Tem-se dele
boa referência por parte dos jesuítas que trabalhavam no Rio
Grande; sabe-se também que, por ocasião do casamento de uma
filha, estabeleceu entre outras condições para o dote, a
celebração anual de 24 missas por sua alma.
Mantinha boas relações com os holandeses, pois uma sua filha
casou com o tenente-coronel Joris Garstman, comandante da
Fortaleza dos Reis Magos (cujo nome fora mudado pelos
holandeses em Forte Ceulen), que governou a capitania de 1633
a 1637.
Pescador, seu porto de pesca ficava provavelmente nas
imediações da praia de Barra de Tabatinga, a poucos
quilômetros de Natal. Ali fora construída sua Casa Forte, que
Jacó Rabe, tapuias, potiguares e holandeses depredaram,
matando os que ali se refugiaram. Somente nosso Beato foi
levado à Fortaleza por ser francês.
Apesar de sogro do comandante Garstman, foi preso e
martirizado em Uruaçu, e sua morte foi atribuída a Rabe.
Garstman jurou vingança: Jacó Rabe foi morto numa emboscada
no ano seguinte, e Garstman condenado à retornar à Holanda
como pessoa indigna.

Santo Antônio Vilela Cid

Nascido em Castela, região da Espanha, de família fidalga; já
estava no Rio Grande em 1613, onde recebeu datas de terra na
Várzea do Trairi.
Havia recebido do Rei Felipe II (que era soberano desde 1580
tanto da Espanha como de Portugal) a importante função de
capitão-mor, mas não se sabe porque não assumiu o cargo; em
1620 era juiz ordinário da cidade.
Casou-se com Dona Inês Duarte, irmã do Beato Pe. Ambrósio.
Antes do martírio era prisioneiro na Fortaleza dos Reis
Magos, pois foi acusado pelo chefe indígena Janduí de
conivência no assassinato de um holandês no Ceará e de estar
envolvido em conspiração contra os invasores.
Sofreu o martírio um Uruaçu com vários membros da sua
família: o filho Antônio Vilela, o Moço, o cunhado Pe.
Ambrósio, o genro Estêvão Machado de Miranda, casado com sua
filha Bárbara, e três netas ainda crianças.

Santo Antônio Vilela, o Moço, e sua  Santa filha

Filho do Beato Antônio Vilela Cid, foi um dos cinco hóspedes
recebidos na Fortaleza dos Reis Magos levados para Uruaçu. De
sua beata filha não sabemos o nome, apenas que era criança
pequena e a mataram sem dó, "pegando-lhe em uma perna, e
dando-lhe com a cabeça em um pau, e a fizeram em dois
pedaços" (SALVADOR, M. C. O Valoroso Lucideno e Triunfo da
Liberdade, p. 153, citado em: PEREIRA, F. de Assis.
Protomártires do Brasil, p. 60).

Santo Estêvão Machado de Miranda e suas duas Santas filhas

Em 1643 o Beato Estêvão fazia parte da Câmara dos Escabinos,
que era uma espécie de câmara municipal, presidida por
holandeses. Havia ido em missão a Recife junto com o tenente-
coronel Garstman protestar ao Alto e Secreto Conselho
Holandês contra os abusos de Jacó Rabe e seus liderados.
Era casado com Dona Bárbara, filha de Antônio Vilela Cid.
Refugiado em Potengi, foi como refém para a Fortaleza, e daí
para o martírio em Uruaçu, onde o sacrificaram junto com duas
filhas menores. Foi executado diante de uma filha de sete
anos, que suplicava para que o pai fosse poupado. Depois que
o mataram,  a filha cobriu-lhe o rosto com a saia, e pediu
que lhe matassem também. Essa filha e a mãe, Bárbara,
presentes ao martírio, tudo leva a crer que foram poupadas.
Uma filha mais velha foi vendida aos índios.
De suas duas beatas filhas martirizadas não sabemos também o
nome, somente que uma delas tinha cerca de dois meses.

São Manuel Rodrigues de Moura e sua Santa esposa

Os cronistas narram a morte do Beato Manuel através da morte
de sua beata esposa, da qual não sabemos o nome. Dizem que,
depois de morto o marido, lhe cortaram os pés e as mãos, e
morreu somente três dias depois. Frei Rafael, um dos
cronistas, diz dela que, "levada de amor conjugal acompanhara
a seu marido, e o chorava despedaçado..." (FREI RAFAEL DE
JESUS, Castrioto Lusitano, p. 417, citado em: PEREIRA, F. de
Assis. Protomártires do Brasil, p. 57)

São José do Porto, São Francisco de Bastos e São Diogo
Pereira

Além dos Beatos Pe. Ambrósio e Antônio Vilela, são os outros
três mártires recebidos como hóspedes na Fortaleza dos Reis
Magos.

São Vicente de Souza Pereira, São Francisco Mendes Pereira, São João da Silveira e São Simão Correia

Além do Beato Estêvão, foram os outros quatro reféns levados
da fortificação de Potengi à Fortaleza dos Reis Magos, e
martirizados no primeiro grupo de 12 pessoas.

São João Martins e seus sete santos companheiros

Os cronistas narram que após tantas crueldades, os índios se
compadeceram de um grupo de 8 jovens que ainda estavam com
vida, e pediram que fossem poupados. Os holandeses parecem
ter imposto a condição de que passassem a lutar pela Holanda,
contra Portugal. Diante da recusa, 7 deles foram barbaramente
mortos. É certo que ao Beato João Martins, mesmo após a
execução dos sete Beatos companheiros, foi proposto de tomar
armas contra sua nação, depois de ter testemunhado o que
aconteceu aos companheiros. Teria assim poupada sua vida.
Recusou dizendo: "Não me desampara Deus desta maneira, essa
tomei sempre contra os tiranos, e não contra minha Fé, Pátria
e Rei" e que "o matassem logo porque estava invejando as
mortes de seus companheiros e a glória que tinham recebido"(
SALVADOR, M. C. O Valoroso Lucideno e Triunfo da Liberdade,
p. 153, citado em: PEREIRA, F. de Assis. Protomártires do
Brasil, p. 54)

A Santa filha de Francisco Dias, o Moço

Sabe-se somente que era criança, e cruelmente a partiram em
duas partes com uma alfange. O nome de seu pai não foi
proposto à Beatificação por não ser mencionado expressamente
entre as vítimas, embora é provável que seja uma delas, pois
aí estava a filha, que é mencionada indiretamente pelo seu
nome.

Santo Antônio Barracho

Depois de amarrado a uma árvore, os holandeses lhe arrancaram
a língua, "pondo-lhe na boca em lugar dela as partes pudendas
que lhe cortaram" (SANTIAGO, D. L.. História da Guerra de
Pernambuco, p. 347, citado em: PEREIRA, F. de Assis.
Protomártires do Brasil, p. 43 )
Foi ainda açoitado, queimado com ferro em brasa. Por fim,
tiraram seu coração pelas costas, matando-o.

São Mateus Moreira

A descrição de sua morte é considerada o ponto mais
expressivo da trágica narrativa do martírio de Uruaçu. O
belíssimo testemunho de fé na Eucaristia, confessada na hora
da morte, foi lembrado pelo Papa João Paulo II no Congresso
Eucarístico Nacional, em Natal, em 1991 ( Homilia de
Encerramento do XII Congresso Eucarístico Nacional , Natal,
RN, em 13 de outubro de 1991)  Os algozes arrancaram-lhe o
coração pelas costas, e ele morreu exclamando: "Louvado seja
o Santíssimo Sacramento"

Dos 30  gloriosos Beatos, 27 são brasileiros, 1 português
(Beato Ambrósio), 1 espanhol (Beato Vilela Cid) e 1 francês
(Beato Lostau Navarro).

Aclamados como mártires

Conforme foi relatado, estavam presentes nos nossos Beatos
todos os elementos necessários para a caracterização de um
verdadeiro martírio. Da parte das vítimas sobressai a sua
atitude resignada em suportar todos aqueles tormentos, a
confissão de fé de vários deles, como a do Beato Mateus
Moreira, e as orações e penitências feitas antes do martírio.
Da parte dos perseguidores era evidente o ódio à fé católica,
tanto pela aberta hostilidade dos holandeses contra a Igreja,
como pela presença do fanático chefe indígena Paraopaba e
do "predicante" calvinista tentando converter os católicos.
Nesse sentido, entre as vítimas de Uruaçu relatadas pelos
cronistas, dois nomes não foram apresentados para a
beatificação: Manuel Alures Ilha e Antônio Fernandes. Ambos,
estando já muito feridos, sacaram as facas que traziam na
algibeira e atacaram mortalmente três índios, antes de serem
por sua vez liquidados. Embora essa atitude seja moralmente
justificável como legítima defesa, poderia causar dúvidas
quanto ao terceiro requisito do martírio cristão: a morte
livremente aceita.

Fama de santidade

Não bastassem as circunstâncias do martírio, começaram logo a
circular notícias de milagres e prodígios relacionados às
vítimas a aos lugares da tragédia. Embora hoje em dia é
impossível comprovar sua veracidade, são muito importantes
para destacar a fama de santidade que envolvia os nossos
Beatos. Castigos, manchas de sangue, corpos intactos, suaves
perfumes, músicas celestiais...Tais prodígios eram sentidos
pelos contemporâneos como um sinal de santidade. A fama de
santidade atravessou os séculos. Aliada à pesquisa histórica
objetiva e de sólido fundamento, nossos Beatos tem sua
memória e intercessão para sempre propostas à fé de todos os
brasileiros.




 








 

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