Venerável Vicenta Guilarte
Alonso
Ir. Vicenta
Guilarte Alonso
nascida em
21/01/1879 - falecida em 06/07/1960
Vicenta
nasceu em Rojas de Bureba, na província de Burgos, Espanha, no dia 21 de
janeiro de 1879. Seus pais eram Esteban Guilarte Pérez e Francisca Alonso
Munguía. Como era costume, no batismo o padre acrescentou o nome do santo do
dia, Ildefonso, e assim se ela se chamou Vicenta
Ildefonsa.
Aos
22 anos Vicenta foi recebida pela Fundadora da Congregação das Filhas de Jesus,
Me. Cândida Maria de Jesus, para o noviciado
do Sagrado Coração de Jesus, em Salamanca, que iniciou em 8 de dezembro
de 1901, recebendo o hábito religioso. Dois anos depois, em 8 de dezembro de
1903, fez a sua primeira profissão com os votos de pobreza, obediência e
castidade, consagrando-se a Deus. Em 1909 emitiu a sua profissão perpétua nas
mãos da fundadora.
Me.
Candida aceita o pedido do bispo de Goiás, de fundar um Colégio na cidade de
Pirenópolis, e no ano seguinte, em 30 de setembro de 1911, as primeiras seis
irmãs destinadas a essa nova fundação partem para o Brasil. Entre elas estava
Ir. Vicenta. Embarcaram no porto de Cádiz, Espanha, no dia 3 de outubro, e dia
18 chegaram ao porto de Santos, no Brasil, recebidas pelo Pe. Bruno Alberdi
Zugadi, vigário de Pirenópolis. Foram de trem até Araguari, atravessaram de
balsa o Rio Paranaíba e percorreram 60 léguas a cavalo, selva a dentro, para
chegar, cerca de 20 dias depois ao destino final. Imediatamente abriram o
Colégio Imaculada em Pirenópolis, e Me. Vicenta dedicou-se como professora das
crianças pobres. Desempenhou ainda o cargo de 2ª consultora e
ecônoma nessa comunidade religiosa das Filhas de Jesus, no período que vai de
1911 a 1927.
Sendo
transferida para Leopoldina, MG, foi responsável pela portaria do Colégio
Imaculada Conceição, ofício em que ocupou-se de modo exemplar até a sua morte.
Nesse período, de 1927 até 1960, ocupou também outros cargos em tempos
variados, como o de 2ª consultora, ecônoma e vice-superiora e
sacristã.
Deu
provas de virtudes excepcionais, que foram consolidando sua reconhecida fama de
santidade entre as irmãs da comunidade, as alunas e suas famílias e os
professores do colégio. Essa fama, porém, transcendia os limites do colégio e
era reconhecida pelo bispo da diocese, Dom Delfim Ribeiro Guedes, pelo clero e
por outras pessoas de critério, tanto em Leopoldina quanto nos seus arredores.
A ela acudiam para pedir conselhos e orações o bispo, sacerdotes, seminaristas.
Também a ela recorriam, buscando ajuda de toda espécie, ricos e pobres. Para os
pobres ela tinha atenção e delicadeza toda especial.
Sua
saúde não era boa, mas era muito forte sua abnegação. Passava horas ante o
Santíssimo Sacramento, pedindo por todos
que se recomendavam a suas orações e, especialmente, pelos sacerdotes,
por quem rezava assim: “Senhor, que sejam
como tu os queres, luz do mundo e sal da terra”.
Depois
de 33 anos de trabalho no Colégio Imaculada Conceição, em Leopoldina, Me.
Vicenta ali faleceu aos 6 de julho de 1960. A população inteira ficou comovida.
Junto aos seus restos mortais acorreram autoridades civis e religiosas, alunas,
ex-alunas, familiares e tantos pobres por ela atendidos e que a chamavam de
“nossa Madre”. Seus funerais foram presididos pelo bispo Dom Delfim Ribeiro,
que a venerava, acompanhado por todos os sacerdotes da diocese, por quem ela
tanto havia rezado. naquele momento solene, o bispo reconheceu a santidade de
Me. Vicenta, dizendo a todos, depois de ter sido sepultada:
“Não vou fazer discurso
fúnebre; impede-me minha profunda emoção. Mas não quero deixar de dizer aos
presentes, que temos uma valiosa intercessora no céu. E vocês, Filhas de Jesus,
suas coirmãs, guardem cuidadosamente tudo o que foi de uso da Madre Vicenta,
porque um dia a Santa Igreja no-lo pedirá, para a glorificação desta alma
humilde que viveu escondida, praticando tantas virtudes”. (extraído do opúsculo Madre Vicenta Guilarte Alonso, Filha de
Jesus)
Desde
a sua morte começaram a chegar muitas notícias de graças alcançadas por
sua intercessão, e as visitas ao seu
túmulo são constantes. Esta fama de santidade , que persiste até os dias de
hoje, foi determinante para a abertura do seu processo de canonização.
Oração
Sagrado Coração de Jesus,
que deste à Madre Vicenta
uma caridade fecunda
no zelo pela educação cristã
dos jovens e pela santificação dos sacerdotes, concede-nos reverenciar-te, como
o fez, na Eucaristia e descobrir-te nos mais pobres, para caminhar com eles em
Teu seguimento, à luz de Maria Imaculada.
Alcança-nos também,
por sua intercessão, a graça
que, hoje, confiantes, te pedimos
para glória do Pai, do Filho
e do Espírito Santo.
Amém.
Dia da morte: 6
de julho
Restos Mortais: na
capela do Colégio das Filhas de Jesus, em Leopoldina, MG (endereço abaixo).
Causa de canonização:
sediada na Diocese de Leopoldina,
MG. Ator: Congregação das Irmãs Filhas de Jesus.
Abertura do
Processo Informativo diocesano em 09/05/1992. O processo diocesano ainda
encontra-se nas suas fases iniciais; aguarda-se a visita da postuladora ao
Brasil no 2o semestre de 2006 para dar prosseguimento ao mesmo.
Postuladora Geral: Ir. Anna Cinco, FI.
Bibliografia
sobre Me. Vicenta:
opúsculo
editado pela Causa M. Vicenta: M.
Vicenta Guilarte Alonso – Filha de Jesus com Pensamentos e dados
Biográficos (informações no endereço
abaixo)
Para comunicar graças
alcançadas por Me. Vicenta e maiores informações:
CAUSA M. VICENTA
Colégio Imaculada Conceição
Praça Dom Helvécio, 82
Cx.P. 17
36700-000 Leopoldina
MG
Tel.: (32)
3441-2939
Ou
Ir. Natividade Cordeiro do Valle
(responsável pela divulgação)
Casa Santíssima Trindade
Rua Madre Cândida, 241 - Vila Paris
30380-690 Belo Horizonte - MG
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