Venerável Aloísio Sebastião Boing, scj
nasc. 24/12/1913
fal. 17/4/2006
Biografia
extraída do site do Instituto Padre Aloísio
Veja a biografia completa em:
https://www.padrealoisio.org.br/historia/#1581762722995-299ac766-b4c7
O padre
Aloísio nasceu no dia 24 de dezembro de 1913, em Vargem do Cedro, naquele tempo
município de Imaruí (SC), hoje pertencente a São Martinho. Primogênito de uma
família cristã, foi batizado no dia 26 de dezembro do mesmo ano e crismado no
dia 22 de janeiro de 1914, na Paróquia São Sebastião, Vargem do Cedro. Os seus
pais João Boeing e Josephina Effting Boeing, eram de missa e terço diários. Foi
nesse ambiente que Aloísio desenvolveu a sua vida e personalidade na infância:
num lar de pais piedosos e acolhedores, que partilhavam o que tinham com os
mais necessitados. Com doze anos, aos 11 de fevereiro de 1925, incentivado pelo
pároco, ele saiu de sua terra natal, com mais outros três colegas, rumo ao
sacerdócio.
As etapas
de sua formação deram-se basicamente em Brusque, SC e Taubaté, SP. A primeira
profissão religiosa aconteceu em Brusque, no dia 16 de janeiro de 1934. Os
estudos de Teologia foram feitos em Taubaté, nos anos de 1938 até 1941. Foi
ordenado sacerdote no dia 01 de dezembro de 1940.
Como
consagrado e sacerdote dedicou a grande parte de sua vida à formação,
especialmente em Jaraguá do Sul. Foi mestre de noviços durante 24 anos.
Tornou-se um exímio formador, firme, devoto e zeloso. É de sublinhar ainda sua
grande devoção à Virgem Maria. Por sua iniciativa, esse Noviciado recebeu o
nome de Nossa Senhora de Fátima. Era muito estimado por todos, distinguindo-se
pela sua amabilidade e paternal acolhida dos alunos que o procuravam para
orientação espiritual.
O padre
Aloísio nunca deixou de atuar no campo da pastoral. Desde o início de sua vida
sacerdotal, passou também
a ser procurado pelo povo, para
aconselhamentos espirituais, até o fim de sua vida. Este foi o maior dom que
Deus lhe deu e que desenvolveu ao longo de sua vida. Dia e noite, em todas as
horas, era procurado em sua casa ou por telefone, para orientação espiritual,
aconselhamento familiar e bênção da saúde. Nunca deixou de atender ninguém. No
fim de sua vida, muitas vezes, doente, de cama, atendia, deitado, aos casos
mais urgentes. Era ungido com o poder da intercessão. Sentia muita compaixão do
povo, especialmente dos doentes, idosos e pobres. Tinha um gosto especial pelo
colóquio de coisas espirituais e falava horas inteiras, sem se cansar. Pode-se
dizer que Padre Aloísio passou sua vida religiosa, a exemplo de tantos
cristãos, fazendo o bem.
Em 1974,
fundou a Fraternidade Mariana do Coração de Jesus, em Jaraguá do Sul. O que
levou o padre Aloísio a fundar a Fraternidade foi seu desejo de ver um grupo de
moças unidas, vivendo o Evangelho na realidade do mundo. Deste então, deu a
vida para a Fraternidade, acompanhando-a com sua presença e orientação firme e
segura.
Em 1984,
Pe. Aloísio foi para o bairro Nereu Ramos, na cidade de Jaraguá do Sul. Ali viveu
até o final de sua vida como vigário da capela do Rosário e diretor do Centro
Shalom, atendendo incansavelmente a todos que o procuravam para uma orientação,
auxílio e bênção. Então, dedicou-se mais à “Fraternidade Mariana do Coração de
Jesus” e a todas as pessoas consagradas, que buscavam nele inspiração de vida
no seguimento de Cristo. A Fraternidade cresceu e continua irradiar a alegria
no servir, a simplicidade de vida e a oblação de amor, na busca de tornar
presente, em suas vivências fraternas, o que vivia a família de Nazaré e os
amigos de Jesus em Betânia: a ocupação com as coisas do Pai e o acolhimento.
Sempre numa atitude de dedicação para com os sacerdotes.
Padre
Aloísio morreu do mesmo modo que viveu: santamente. Sentindo próxima sua
partida e sentindo deixar a todos que amava disse: “Vocês me encontrarão na
Eucaristia”. Partiu no dia 17 de abril de 2006, serenamente, para os braços do
Pai. Foi sepultado no jardim, ao lado da Igreja Nossa Senhora do Rosário, no
Bairro Nereu Ramos, em Jaraguá do Sul. É um local de orações e pedidos de
graças. Muitas pessoas testemunham já terem alcançado graças por sua
intercessão. Cremos que ele, junto de Deus, está intercedendo por todos nós e,
de um modo todo especial, pelos que procuram auxílio em suas necessidades. Todo
dia 17, de cada mês, lembrando o dia do seu falecimento, é celebrada a missa da
Misericórdia, às 15h.
«Perdemos
um padre muito querido, mas ganhamos um santo, no céu!»
(Pe. Osnildo C. Klann, scj)
Decreto das
Virtudes Heróicas dado pelo Papa Francisco em 23/2/2023
|