Venerável Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico
nasc. 20/01/1901 - ٭- †08/01/1972
religiosa e fundadora da congregação das
Pequenas Missionárias de Maria Imaculada
Madre Maria
Teresa nasceu na cidade de São Paulo, e seu nome de batismo era Dulce. Seus
pais, Helena Herold e Brasílio Rodrigues dos Santos casaram-se em 1888. Ela,
filha de imigrantes alemães, ele, advogado nascido em São Paulo. Tiveram seis
filhos e Dulce era a caçula. Nasceu a 20 de janeiro de 1901, e sessenta dias
ficaria órfã de pai. Dona Helena ficou viúva, aos 37 anos, foi forte e não teve
medo de lançar-se ao trabalho, conseguindo formar todos os filhos: quatro
professoras, um médico e um engenheiro.
A pequena
Dulce, desde os 8 anos, estudando no Externato São José, das Irmãs de São José
de Chambery, manifestou os raros dons de inteligência com que fora agraciada.
No externato fez a sua primeira comunhão, em 1º de setembro de 1912,
e desde essa época, impressionava-se vivamente com a vida religiosa, mostrando
desejo de segui-la. Foi muito marcante a sua formação, esse contato com aquelas
religiosas, fazendo despertar cedo, em seu coração o gosto pela oração, o amor
à Nossa Senhora e o culto à eucaristia. Desde cedo aprendeu a amar a Maria com
devoção filial. Aos 16 anos escreveu uma pequena oração que rezava após a
comunhão: “Ó Jesus,tirai-me a faculdade de buscar fora de vós o afeto de que
minha alma sente a dese ardente...Tomai-me toda para vós e nada deixai de mim
para as criaturas...Consumi-me inteiramente ao fogo de vosso amor...”
Formou-se
professora aos 18 anos. Desejava desde os 16 anos fazer-se carmelita, mas sua
mãe não o permitia.
Aos 21 anos
teve que afastar-se das salas de aula, tendo adoecido de tuberculose pulmonar.
Naquele tempo a medicina ainda não havia encontrado a cura para esse mal, e
assim os sonhos e projetos de Dulce pareciam desvanecer. Deixou São Paulo por
recomendação médica, e foi com a mãe para São José dos Campos, chamada naquele
tempo, entre as décadas de 20 e 50, de “cidade da esperança”. Inúmeros
sanatórios e pensões sanatoriais se instalaram na cidade devido ao seu clima
favorável. Dr. Nelson Silveira D’Avila se destacava como fisiólogo, e Dulce
passou a tratar-se com ele. Não obtendo melhoras, mudou-se para Campos do
Jordão, e sua mãe voltou para São Paulo. Passou grandes provações. Já mais
recuperada, voltou para São José dos Campos. Entrementes, sua mãe adoeceu e
teve que ser operada. Dulce a acompanhou com carinho até sua morte em 1926, e
nisso manifestou-se claramente sua vocação de enfermeira.
Dulce não se
conformava com as condições das pensões e decidiu alugar uma pequena casa, com
mais duas companheiras, em 1927. Dr. Nelson, que as acompanhava como pacientes,
foi seu fiador. Já restabelecida e enquanto aguardava o momento de partir
definitivamente para o convento, dedicava-se à assistência espiritual dos enfermos.
Dedicada à missão que abraçara e à obra iniciada, enfim recebeu a resposta tão
esperada: o Carmelo aceitou a sua entrada. A tristeza caiu sobre o pensionato,
que já ocupava uma casa maior, na mesma rua. Mas Dulce ouviu o conselho de Pe.
Henrique de Barros: “Seu lugar é aqui, junto das moças tuberculosas!” Era o
recado do céu e Dulce o compreendeu. Decidiu-se. Ficaria no Pensionato Maria
Imaculada.
O ambiente
das outras pensões sanatoriais não era muito bom...Mas na Pensão de Da. Dulce,
como era conhecida, faziam-se festinhas, criavam-se representações, buscando
despertar a fé e a esperança em todos. Dulce se preocupava também com os
doentes pobres, que não podiam pagar pensão, e moravam em casebres. Com as
companheiras, entre elas a ‘Santinha’, visitava-as, levava-lhes auxílios, mas
seu desejo era o de alugar uma casa para abrigá-los. Em 1931 realizou o seu
intento: inaugurou-se o Asilo Santa Teresinha, com 5 moças pobres.
Em Taubaté, o
bispo Dom Epaminondas Nunes D’Ávila e Silva preocupava-se com o abandono
espiritual em que viviam os doentes. Sonhava com uma associação religiosa que o
auxiliasse nesse trabalho, quando soube da notícia daquela jovem que, com
algumas companheiras, realizava um trabalho tão precioso. Quis conhecê-la. Em
companhia de Da. Elza Silveira D’Ávila, esposa de Dr. Nelson e a quem, no
pensionato chamavam de madrinha, foram ao velho palácio de Taubaté. Era julho
de 1931. Uma nova perspectiva se abria no coração de Dulce. O encontro terminou
com um pedido do Bispo, para que Dulce colocasse por escrito o seu pensamento,
o seu trabalho... Eram 5 jovens, unidas pelo mesmo ideal...Dom Epaminondas fez
daquela obra uma associação religiosa em agosto de 1932, passando à congregação dois anos depois, e assim
receberam autorização para usarem hábito e o nome religioso. Ele as batizou de
Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, e Dulce recebeu o nome de Maria Teresa de Jesus Eucarístico. As
constituições foram aprovadas e fez-se a ereção canônica da congregação em
novembro de 1936.
Com a ajuda
de Dom Epaminondas, Me. Maria Teresa soube descobrir cada vez mais a vontade de
Deus que a chamava a doar toda a sua vida ao serviço de Deus presente nos mais
necessitados e sofredores.
A vida de Me.
Teresa foi uma busca constante da intimidade com Deus, principalmente na
Adoração da Eucaristia, fonte de força para anunciar o Reino. Seu amor para com
Nossa Senhora, Maria Imaculada, torna-a uma propagadora incansável da devoção à
Mãe de Jesus e nossa Mãe.
A
espiritualidade de Me. Teresa, centrada no mistério Eucarístico, leva-a a ter
um amor todo especial pelos sacerdotes, herança bem presente no coração de cada
Pequena Missionária.
A maior parte
de sua vida transcorreu em São José dos Campos, onde deixou sementes de bondade
e de amor, sendo a Mãe dos pobres, dos doentes e de todos os que recorriam à
sua ajuda[1].
Cansada no corpo, cheia de entusiasmo no espírito, tendo dedicado toda a sua
vida à Igreja, à sua Congregação e ao anúncio do Evangelho, percorrendo a
Pequena Via de Santa Teresinha, morreu no dia 8 de janeiro de 1972. Hoje uma
legião de quase 400 irmãs buscam viver esse mesmo ideal de amor a Deus e ao próximo
(Fonte: Frei
Patrício Sciadini, ocd, e www.ipmmi.org.br)
Oração
Para alcançar graças e pedir a glorificação da Serva de Deus
Senhor Nosso Deus,
rico em misericórdia
e amor, nós vos
agradecemos por terdes suscitado no meio
de vosso povo e da Igreja, a Serva de Deus
MADRE MARIA TERESA
DE JESUS EUCARÍSTICO, para que a Eucaristia
seja cada vez mais
o centro da vida da
Igreja, para que os doentes e os pobres sejam atendidos de modo mais humano e
com mais amor e para que os sacerdotes
tenham sempre a ajuda
da oração e o apoio no anúncio do Evangelho,
nós vos pedimos que,
se for da vossa vontade, MADRE MARIA
TERESA DE JESUS
EUCARÍSTICO seja um dia glorificada pela
Igreja e, por sua
intercessão, possamos receber a graça de que tanto precisamos e que com fé vos
pedimos...(pedir a graça).
Que todos nós
possamos assumir o compromisso
de ser missionários e
construtores do Reino de Deus.
Maria Imaculada, Mãe da Igreja e nossa Mãe,
nos acompanha em todos os momentos de nossa vida!
Amém!
(Pai Nosso, Ave Maria, Glória)
Restos Mortais: na
Capela do Sanatório Maria Imaculada (endereço abaixo).
Para
visitação dos fiéis: aposentos e objetos pessoais de Me. Maria Teresa, aberto para a
visitação, todos os dias, das 9:00h às 11:00h e das 15:00h às 17:00h, no
endereço abaixo.
Causa de canonização: sediada na Diocese de São
José dos Campos. Ator: Congregação das Pequenas Missionárias de
Maria Imaculada.
Processo
informativo diocesano iniciado em 17/agosto/1997 e encerrado em 25/nov/2001;
Decreto de validade em 02/maio/2003. Decreto da Heroicidade das Virtudes em 3/abril/2014. Postulador: Frei Ildefonso Moriones, ocd;
Vice-Postulador: Frei Patrício Sciadini, ocd.
Bibliografia sobre a Serva
de Deus:
Frei
Patrício SCHAIDINI,ocd. Ser pequena para ser grande. São Paulo: Ed.
Loyola, 1996, 127 p.
Madre
Maria Teresa de Jesus Eucarístico (Frei Patrício SCHAIDINI,ocd organizador) 365 dias no caminho do amor. São Roque: Ed.
Carmelitanas.
Informativo sobre a causa de
Canonização: Periódico Trimestral “Tempo e Eternidade” (Distribuição Gratuita;
solicitar no endereço abaixo).
Site
oficial das Pequenas Missionárias:
www.ipmmi.org.br
Para comunicar graças
alcançadas:
Instituto
das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada
Rua Major Antônio Domingues, 244
Caixa Postal 384
12245-750 São José dos Campos SP
Tel.:
(12) 3921-3155
E-mail:
jte@pequenasmissionarias.org.br
[1]
Entre outras obras, Me. Teresa e suas irmãs assumiram o sanatório para crianças
carentes criado em 1941 pela família do menino Antoninho da Rocha Marmo
(B.136), falecido em odor de santidade. Antoninho recebeu de presente de Dom
Epaminondas um pequeno altar portátil e paramentos, onde ele ‘celebrava’ a
missa e ‘pregava’ à gurizada que o acompanhava, seu passatempo predileto.
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