Falando da comunhão dos santos, estamos falando de como o exemplo e a intercessão dos santos são importantes para a nossa vida cristã e para a união de todos a família dos filhos de Deus. É Deus mesmo quem realiza essa comunhão de toda a sua família. Ele mesmo vai inspirar em nós essa intercessão e a imitação desses exemplos.Pela ação do Espírito Santo, o exemplo dos santos não é algo frio e mecânico. Se o olhamos com os olhos da fé, o Espírito Santo transforma esse exemplo em incentivo. É um impulso para agir com fé, com esperança, com amor. É mais que uma explicação de como se agir, é um convite e uma inspiração para se fazer o mesmo. O Espírito Santo passa a agir também, explicando-nos interiormente o que ele realizou nessa pessoa. Santo Inácio de Loyola converteu-se lendo dois livros durante a sua convalescença: uma vida de Cristo e um livro sobre a vida dos santos. Quando lia algo sobre os exemplos de um santo, ele se inflamava todo em Deus e dizia: "Eu também o farei!" (leia a Autobiografia de Santo Inácio de Loyola ). Quando ficou bom passou a imitar todos esses exemplos, e acabou por arrastar atrás de si muitos companheiros e a fundar a Companhia de Jesus, a ordem dos jesuítas.O mesmo acontece com a intercessão: não é só uma súplica que se faz, mas um ato de aproximação a Deus, pois falando com os santos, estamos falando com quem está cheio de Deus, e só faz o que Deus deseja. Deus é fogo abrasador, e é impossível nos aproximarmos do fogo e não nos esquentarmos. A verdadeira intercessão dos santos nos leva mais a Deus. É como um rio de forte correnteza, que arrasta tudo para o mar, que é Deus. Se ao rezarmos aos santos, nos colocamos aos pés de Deus com o coração aberto, ele nos inspirará, e falará conosco. Uma devoção aos santos que não nos levasse a nos aproximar mais da vontade de Deus, não é uma devoção legítima, e está talvez baseada na superstição.
A verdadeira devoção nos questiona
Quando a Igreja propõe a imitação de algum santo, ela o faz dentro dessa dinâmica de conversão e mudança de vida, para uma vida mais voltada a Deus. Assim, a verdadeira devoção deve questionar a nossa vida, e como nos comportamos com relação a Deus. Agimos com fé? Agimos com a virtude da esperança? Com caridade verdadeira?A vida dos santos tem muito a nos ensinar. Se são pessoas de Deus, são vidas baseadas no amor. Suas atitudes mostram como o nosso "bom senso" está ancorado no egoísmo. Acusam a nossa falta de caridade e de verdadeiros critérios, que devem ser os critérios do Evangelho, e não os critérios da Lei de Talião, ou seja , do olho por olho, dente por dente. A vida dos santos é cheia de exemplos concretos de como transformar o mundo pela caridade, pela dedicação e o serviço. Exemplos são mais eloqüentes que muitos tratados. Um dos objetivos deste site é propor o aprofundamento da vida dos santos, conhecê-los de verdade, sentir o colorido de suas vidas lendo suas biografias (para cada santo são indicados alguns livros onde aprofundar essa leitura: veja BIBLIOGRAFIA E LINKS)
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